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“Quando nasce um bebê, nasce uma mãe” - Texto da Pedagoga Camila Faraco Mazziero





É comum e automático idealizar a maternidade que vemos nos meios de comunicação, que não condiz com a maternidade real, vivenciada pela maioria das mães, aquela que acontece todos os dias, bem distante do ideal de “mãe perfeita”.

A maternidade romântica idealizada não existe, o “padecer no paraíso” não é tão real assim. Ele só existe na cabeça de quem ainda não tem filhos, ou de quem quer vender um produto.

Quantas vezes você, não sendo mãe, julgou uma criança fazendo birra, usando eletrônicos, comendo açúcar, ficando de castigo ou se assustou com uma mãe aos berros? Pois, a vida real, da mãe real junta choros, manhas, aflições, gritos, castigos e, para as mães, muitas vezes o peso da culpa por não estarem fazendo um “bom trabalho”, ou por se acharem muito pior daquilo que elas sonharam ser.

A mãe que explode, que perde a cabeça, que se preocupa, que fica cansada, que tem sono... Essa é a mãe real, a mulher que está bem longe dos contos de fadas ou dos comerciais de sabão em pó que vemos na TV.

Então, de maneira breve, quero direcionar esse texto a todas as mamães, para que vistam o uniforme de mães reais, que aprendam a ser felizes com isso, que ser mãe é um errar e aprender diário. Não se culpe por precisar trabalhar, ou por simplesmente querer ficar no smartphone, ou por não dar conta dos afazeres da casa...

Compreenda que, até aqui, você foi e sempre será a melhor mãe para os seus filhos. O seu dia a dia deve ser da maneira que te faz feliz. A educação que você dá para seus filhos é o resultado da sua trajetória, a soma de suas vivências e daquilo que aprendeu. Em suma, é aquilo que você acredita ser o melhor no momento, que pode perdurar ou cair por terra amanhã.

Você é a mãe que você pode ser! Trabalhando fora de casa ou não. Sendo casada ou mãe solo. Esqueça os ideias, esqueça a mãe plena que aparece no Instagram sorrindo a todo momento.

Por trás de cada mãe, existe uma mulher, com vontades, ideais, histórias e necessidades.

Se você não é mãe, seja mais empático, não crie estereótipos, não desconsidere as escolhas pessoais e culturais de uma mulher que, antes de ser mãe, é uma mulher.

Se você é mãe, deixo aqui meus mais sinceros parabéns por estar realizando essa super missão de amar da forma mais completa que existe, dando o melhor de si, sem esperar nada em troca. Tome um banho tranquila, com certa frequência. Sempre que possível, dedique um tempo pra si mesma. Assista desenhos, mas não deixe de acompanhar suas notícias e séries.

Seja a mãe que você é! E seja feliz com isso...

Camila Faraco Mazziero - Pedagoga
Especialista em Educação Infantil
Especialista em Gênero e Sexualidade



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