Na tarde desta quinta-feira, dia 14, a Prefeitura Municipal de Mococa cumprindo recomendação do Ministério Público realizou uma força tarefa para fiscalizar estabelecimentos comerciais na área central de Mococa/SP.
A estratégia de como funcionaria a ação foi montando durante a manhã após inúmeros questionamentos da Promotoria de Justiça. O prefeito foi questionado se a Prefeitura estaria realizando o seu papel.
A fiscalização agendada para ter início às 14h, seria intensificada no intuito de dar mais rigor a medida da quarentena, que proíbe atendimento presencial de clientes. As equipes da Guarda Civil Municipal e Fiscalização de Trânsito se reuniram em frente ao prédio da Prefeitura, na Rua XV de Novembro, no centro de Mococa.
Alguns comerciantes indignados começaram a acompanhar os trabalhos da esquina da Costa Brava. Silvia Mazziero, comerciante há 29 anos no centro de Mococa, desabafou e disse o que estava engasgado há vários dias. “Cadê as autoridades dessa cidade, a gente precisa trabalhar, senão não iremos honrar com nossos compromissos. A gente só ta pedindo para trabalhar. Em 29 anos na J.S. nunca vi isso na minha vida”, encerra.
Outra comerciante indignada é a proprietária do Tchê Presentes, que se emocionou durante entrevista ao repórter Gabriel Delena da TV Direta. Cristiane Regina Lopes afirmou que se continuar tudo parado, ela irá fechar uma das lojas e conseqüentemente demitirá alguns funcionários.
O proprietário da Barão Kids, Nivaldo Leme, disse que está inconformado com o Governo do Estado de São Paulo. “Somos o Estado mais rico, porém iremos quebrar se continuar assim”.
Já o empresário Mirlon, dono da M Sport , afirmou já ter demitido dois funcionários.
Empresários saíram em busca de respostas
Os comerciantes decidiram ir até o gabinete do prefeito. Por lá, foram recebidos pelo Chefe de Gabinete, Francisco José Taliberti, que convidou alguns comerciantes para um bate papo. Ele disse que o prefeito está sendo questionado todos os dias pelo Ministério Público, sobre quais medidas estão sendo adotadas para o cumprimento do decreto estadual. Inclusive a Polícia Militar acompanhou toda a ação.
O Presidente da ACI Mococa, Maurício Masili, contou que está cobrando diariamente o Ministério Público para que tente flexibilizar a abertura do comércio na cidade. “Olha já fizemos diversos pedidos, solicitações ao MP para que possamos adotar medidas de segurança que garantam a abertura do comércio. Isso precisa ocorrer logo, senão o prejuízo será ainda maior”, finaliza.
A manifestação terminou com o compromisso da criação de uma comissão de comerciantes que irão agendar uma reunião com o Ministério Público para discutir a flexibilização em Mococa.
Lembrando que a Prefeitura de Mococa revogou o decreto de abertura de igrejas nesta tarde de quinta, então ficam também, terminantemente proibidos encontros em templos religiosos no município.
